Onde a cultura da rua “Se perpetua” em vida ou morte Onde viver ou morrer “Fica a mercê da sorte...” Sai do meio que “la vem!” Bala de rap perdida Sem mira e sem refém! Ninguém liga, mas pra a vida Tipo bola de sinuca Outra vida na caçapa! Sem medo e sem desculpa Da morte ninguém escapa! No ferro ou na faca Atenas e esparta! Se olhar torto “panaca” A medusa vem e te mata! David e golias Lutando pelas bocadas Esqueceram o estilingue Agora é fogo da quadrada Tempo de guerra Nunca de paz Luta por terra Briga por mais Quebrada sem medo Desejo mortal Quem guarda segredo “Se livra” do mal Os moleques do corre Mata e morre pra ganhar... Vida de quem pisca dorme... Sem ter hora pra acordar... Na terra do joão barro... Falta água, falta luz... Mesmo assim eu nunca paro Então carrega a tua cruz! É triste mostro de qual é a real, Ser humano matando e morrendo Por altas coisas Sem nexo, “banal” Taxa de mortalidade É algo notável Parente morto no chão É coisa irreparável Tipo filme de guerra marginal Bala no peito Mãe que chora Cotidiano já é normal E o contexto disso Nem tem moral A vida hoje se valer muito É um real Não existe mais refúgio Nem abrigo Posso até morrer “Mas levo uns dois comigo” Mais paz, mais amor, Menos guerra Somos todos irmãos Vivendo na mesma terra A mensagem passada Por via desse “track” Chega de ódio Prego paz junto Com os moleques... Junto com os moleques... Os moleques, Perderam a essência Os moleques, Sem consciência Na quebrada os moleques Sente medo! Na quebrada os moleques Morre cedo! Nesse beco sem saída Onde até tua sombra trai Passa até despercebida Outra lagrima que cai Longe de mim Ser falso e traiçoeiro As pedras tão aí Quem vai ser o primeiro Na cidade do crime Nego rouba até os pregos Quebra vidro de vitrine Toma esmola de cego Sobrado tem pecado Fiel também réu Nas margens do distrito Onde a grana compra o céu Davoz conjuga o verbo Eu luto, e nós lutamos Criticando o ditado Errando somos humanos A vida é uma só Sem stop nem replay Mas tem início e fim E pro meu eu seguirei Os moleques nas esquinas Se entope de cocaína Vende crack e compra cerva Pra bancar frevo pras mina To cansado de ser fraco Vou impor meu argumento Rap é granada no planalto E fogo no parlamento! Os moleques, Perderam a essência Os moleques, Sem consciência Na quebrada os moleques Sente medo! Na quebrada os moleques Morre cedo! O mundo gira E vida te ensina Amigo, irmão Enquanto o cifrão “tá” de cima Minimizo estranho Mecanismo... Onde a falta de compaixão Se junta com egoísmo Reunião do davoz Começamos a conversar O mundo “tá” perdido Onde vamos parar?! Não sei, “tu sabe?” Não é sacanagem Vivendo por utopia E mera libertinagem Cotidiano, gueto, Esse que é o enredo Incapacidade pra confundir Medo e respeito Uns no meio da treta Outros vem e "arranja" Vacilou nas entre linhas Roda é de laranja O importante é luxar?! Esse é o teu argumento?! Calma e pensa Ainda é tempo do arrependimento Os moleques “tão” aí De norte a centro-oeste Pra mostrar que isso é vida real E nunca foi um teste.