David Alves Mendes

Decisão Sem Volta

David Alves Mendes


O seu tormento de sair de casa
É saber que não voltaria mais,
Saiu sem olhar pra trás
Pra não lembrar de seus ideais
Sentiria falta dos seus pais,
Sentiria falta de paz

A ambição,suja muito coração,
Corrompe muita gente, meu irmão,
Ele foi mais um que se entregou,
A luz que ali estava ele não enxergou
O sofrimento as vezes é necessário,
Mas não é pra qualquer intermediário
Sentir a dor é um processo de evolução
Ao qual passamos e não achamos a razão

O brilho do ouro, pode te cegar
Assim também como pode te matar
Ele trocou o que tinha de valor,
O que lhe restava em meio a infinita dor
O mal entra em equilíbrio com o bem,
Mas um sempre pesa mais, por forças do além,
Sua alma suja, se recusou lavar,
Do jeito que estava optou a entregar

Naquela encruzilhada seu destino foi traçado
E as sombras começaram a caminhar ao seu lado,
Lhe dando,tudo o que queria
Por mais que levasse uma vida sombria
Ele seguia sempre firme e forte
Por mais que carregasse a depressão em seu porte,
Realizou seus desejos, por meio de terceiros
Mesmo que pra isso convivesse em terreiros

O mal agora, guiava seu destino,
Ele já estava ciente, o abismo estava vindo,
Não queria dar sofrimento a sua família
Por isso resolveu fugir, e seguir sua trilha
Já estava ouvindo vozes,
Sua alma dominada, por demônios ferozes,
Seu fim já estava premeditado,
Logo seria mais um, pra servir o diabo

Pra servir o diabo
A despedida foi simplória,
Não havia ninguém, para ressaltar sua glória,
Abandonado, sozinho, na solidão,
Não lhe restava nem um pingo de compaixão
Seu momento de glória havia passado,
Agora não passava de um desgraçado
Prometeu se entregar, e iria cumprir
Só estava esperando, sua hora de partir

A madrugada se aproximava
E a cada sombra que surgia, a ele se juntava,
Cercado pela escuridão
Não conseguia levantar do chão
Lembranças, lhe vieram de montão
Seu primeiro amor, suas conquistas, sua primeira decepeção,
Seu primeiro contato com o outro lado
A primeira promessa feita ao diabo

Não tem tempo pra arrependimento,
Principalmente naquele momento,
Lembrou-se da encruzilhada
E começou a ouvir uma risada
Seu tempo se esgotou, meu amigo,
Agora é hora,de vir comigo,
Venha, estou esperando,
Venha ser do outro lado, mais um profano
De sua glória agora ele se esquecia
Já partia por outro lado para servir a hierarquia,
Pensava loucamente no que fez,
Agora é tarde, não tem mais vez