Não vem morocha, te floreando toda Eu não sou manso e esparramo as garras Nasci no inverno, me criei no mato E só carrapato, é que em mim se agarra. Tu te aprochegas, reboleando os quarto Trocando orelha, meu instinto rincha E eu já me paro, todo embodocado Que nem matungo, quando aperta as cincha. Aprendi a domar, amanciando égua E para as mulher, vale as mesmas regra Animal te pára! Sou lá do rincão Mulher para mim é como redomão Maneador nas pata, pelêgo na cara. Crinuda velha, não escolho o lado Com meus arreio não há quem pelinche Tu incha o lombo, te encaroço à laço Róto os cachorro, e por mim que abiche. Não te boleia, que o cabresto é forte O palanque é grosso, senta e te arrepende Sou carinhoso, mas incompreendido É pra o teu bem, vê se tu me entende. Aprendi a domar...