Me dá o meu que eu também quero O rei mandou cobrar Vintém vem perguntar Quem é que vai pagar? O quinto dos infernos tá no ar Histórias e moedas pra contar Dos tempos do Brasil colonial Encheram de ratos por todos os lados O meu paraíso tropical O dono da terra, inocente Perdeu a patente por se encantar A bela índia com tudo de fora O homem branco chegou pra levar Nossas riquezas Viraram espelho, peruca e colar Trabalha nego, o solo é quente A corte quer se lambuzar Tem muita roupa “ora pois” “ó pá” O lusitano veio aqui só pra ganhar Nos cofres da coroa Meu ouro vira pó Olha aonde a zorra foi parar Mesmo que tardia “Reinconfidência”, um afã de liberdade O brasileiro com a corda no pescoço Por aí roendo o osso A buscar felicidade Reinventando essa pátria gentil “Derrama” o samba a redenção Unidos de Padre Miguel Bota fé no teu sonhar, há esperança Se a caravela não virar