Eu dediquei minha vida toda as estradas, Cada pedaço de asfalto viu meu caminhão Eu e esse bruto de rodas por mil madrugadas Vimos o riso festivo do pôr-da-sol Minha buzina culposa mexia na tela Na revoada um quadro incomparável de cor Mesmo o pardal um plebeu Tem um que nesse bando Deus pausa tanto ao banal que num raro vôo De quando em quando famílias no umbrau das varandas Ou assistiçlas ao facho de luz da tv Mais do que isso as portas das salas abertas Punha em teu peito a saudade maior de você Sem que eu dissesse o dia e a hora Mau o meu bruto dobrava a esquina eu te via lá fora Meu compromisso desde então era por fim A essa carga pesada no meu coração Mil toneladas e peso de plha comigo em suas mãos.