Eu tentei levar o mundo nas costas enquanto tudo desabava sobre mim Com olhos fundos e ombros largos, deixei meu lado menino na porta Cresci Se a vida me obriga a crescer, o que posso fazer Além de vestir minha armadura de homem que se esconde Num garotinho com medo do frio Aguardando se esquentar com o alvorecer Quem nós somos se ninguém tá olhando Por baixo dos panos Titãs magoados, meninos levados e frágeis Pequeninos estranhos, deuses, marcianos Tudo o que se pode pensar mas nem um deles vive Porque estão cansados de serem mandados Toda vez que a chuva vem, a construir em telhados Guardei pra mim tudo o que tenho, entregando menos que o que sou Reconstruindo com meus próprios cacos Moldando medos, me deixando de lado, cresci Quantos erros me fizeram crescer, até aprender Mudar pensamentos, minha voz, sentimentos Em claro, me livrei do que é raso, mas ninguém é de aço Ainda espero me esquentar com alvorecer Quem nós somos se ninguém tá olhando Por baixo dos panos Titãs magoados, meninos levados e frágeis Pequeninos estranhos, deuses, marcianos Tudo o que se pode pensar mas nem um deles viver Porque estão cansados de serem mandados Toda vez que a chuva vem, a construir em telhados