ey parandeh-ye mohājer, ey por az shahvat-e raftan fāseleh ghadd-e ye donyā-st, beyn-e donyā-ye tow bā man tow rafigh-e shāparak-hā, man too fekr-e galla-moon-am tow pey-e atr-e gol-e sorkh, man haris-e boo-ye noon-am donyā-ye tow bi-nahāyat hameh-e jāsh mehmooni-e noor donyā-ye man ye kaf-e dast roo-ye saghf sard yek goor man dāram too ādamak-hā mi-miram tow barām az pari-yā ghesseh migi man too-ye pileh-ye vahshat mi-poosam barām az khandeh cherā ghesseh mi-gi? koocheh pas koocheh-ye khāki dar o divār shekasteh ādamā-ye roostā-yi bā pā-hāye pineh basteh pish-e tow ye aks-e tāza-st vāsse ālbom-e ghadimi yā shenidan-e ye ghessa-st az ye āshegh-e ghadimi barāye man zendegi in-eh por-e vasvaseh, por-e gham yā mesl-e nafas keshidan por-e lezzat-e damādam ey parandeh-ye mohājer, ey hameh showgh-e paridan khastegi-ye kooleh bāreh roo-ye rekhvat-e tan-e man mesl-e yek palang-e zakhmi por-e vahshat-e negāh-am mi-miram, ammā hanooz am donbāl-e ye joon-panāh-am nabāyad mesl-e ye sāyeh zir-e pā-hā zendeh bāshim mesl-e chatr-e khorshid bāyad roo-ye bowrj-e donyā vā-shim Ó ave migratória, ó cheo de paixão de ir A diferença é muito grande, entre o seu mundo e o meu Você é amigo das barboletas, enquanto estou pensando em nosso rebanho Você pensa em cheiro de rosas, enquanto eu sou ávido pelo cheiro de pão Seu mundo é infinito Uma festa de luz em todos os lugares Meu mundo é de tamanho de uma palmade mão No telhado frio de um túmulo Estou morrendo entre os manequins Você me conta uma história sobre os anjos Eu apodreço em um casulo de terror Por que você está me contando histórias de rir? Becos de terra Portas e parede quebradas Pessoas da aldeia Com pés calejados (Tudo isso) é uma foto nova para você E para o álbum antigo Ou é como ouvir uma história De um antigo amante Mas, tudo isso é a vida para mim Cheio de tentação, cheio de tristeza Ou como a respiração Cheio de prazer Ó ave migratória, ó cheo de alegria de voar A fadiga é um fardo para o meu corpo Eu pareço um tigre ferido, cheio de medo Estou morrendo, mas ainda estou procurando um refúgio Não devemos ser como uma sombra Vivendo sob os pés Devemos ser igual ao Sol Na torre do mundo