Como te invejo meu irmao de penas Pela leveza desse teu voar Ah!Se eu tivesse num momento apenas A sorte plena de pairar no ar Iria em busca do meu povo antigo Que ainda nao sei onde foi que eu perdi Eu so me lembro do teu canto,amigo Que me animava e eu nao esqueci Num voo cego pelo ceu do tempo Eu me apartei dos ares da querencia E virei alvo na dor do povoeiro Que e um menino que nao tem clemencia Vou pelos campos procurando as plumas Que me acolheram quando em desventuras E as minhas penas deixar uma a uma Pra que se percam la pelas alturas E voltarei na solidao das matas No sol escasso entre frinchas de luz Vou surpreender a natureza em prece Que pelos passaros a Deus conduz.