Mata o silêncio dos mates, acordeona "voz trocada", e a mão campeira do negro, passeando, aveludada nos botões chora segredos, que ele juntou pela estrada. Quando o negro abre essa gaita, abre o livro da sua vida. Marcado de poeira e pampa, em cada nota sentida. Quando o pai que foi gaiteiro, desta vida se ausentou o negro piá, solitário, tal como pedra rolou. E se fez homem proseando, com a gaita que o pai deixou. E a gaita se fez baú, para causos e canções do negro que passa a vida, mastigando solidões e vai semeando recuerdos, por estradas e galpões.