É que você não reparou Que nós estamos flutuando Num universo preto Azul de vez em quando E é só parar pra ver Pra ver que haver verdade é Tão pouco ou nada mais Do que o que se pode ver De olhos nus A anos-luz, num dentro-invento Onde esconde-se essa música aqui Nada impede o que se expele Os que trafegam em todas as mãos E em som diferem e mesmo assim Não passam de outra opinião De tudo que se preparou Durante anos, milênios Engenhos, transgênicos, pelo meio Menos que o tempo comporta Mais do que o humano suporta E enquanto esse dentro não sai Em som, em gesto, em bênção No meio do agora Da hora só resta o momento Da voz só há silêncio Do sexo, o empreendimento Do fogo, o seu perpétuo oposto Venha me valer, oh nanã, venha me ajudar Nesse mundo afora, nanã, onde eu andar Sou filho de Deus, oh nanã, e nossa senhora Peço a benção, oh nanã, no meio do agora