Sobre meus pés, em minhas mãos Meu corpo inteiro era emoção Desço do ar, toco no chão Inspiro e guardo a bela sensação De flutuar, meus braços lançar Como uma explosão Em que eu espalho ao vento Todos meus fragmentos Em cada um estou, sou mais do que sou Nesse breve momento Dentro de mim eu era pura imensidão Quando eu dançava, a luz entrava Em cada fresta daquele salão Quando eu girava, ela desenhava Uma mandala iluminada com meus pés no chão E era então, que eu me via no espelho Um coque nos cabelos O meu collant vermelho Eu era mulher, eu era menina Eu era bailarina E agora a saudade é grande como a imensidão