Ja comecei a subir e não vou mais descer O que me destruiu, farei desaparecer Melhor me deixar quieto Pra coisa não feder Eu conheci o inferno, não queira conhecer E uma vez lá, sempre um pouco lá Agora poucas coisas podem me fazer chorar Perdi o prumo, eu vivo em fuga Agora eu bebo e fumo pra ignorar Me desfazendo em versos Em meu cinismo Em meu deboche, em meu pessimismo Chame de suicídio, rótulos são em vão É na luz da perdição Que eu me encontro e vivo Ontem matei uma garrafa de whisky Já não sei se ando feliz ou triste Perdido eu sempre tô Meu amor, não desisto Sou mais uma vítima Desse mundo promíscuo Esse é o preço, sustenta irmão A luz da perdição Caminho devagar e sempre Sei que tô sozinho, não sou inocente Vejo pouco a frente Já que só se vive o presente Perdia pois lutava contra mim mesmo Mas não conhecia o oponente O que move a montanha não é a fé É a falta que ela faz Visitei a paz mas preciso da guerra Firme igual pedra Sou fruto de cada segundo de treva interna Mesmo sorrindo Preciso daquela tristeza sincera Fingir é venda, entenda Sistema que ri, não governa Me ergui como fênix Na noite negra, ônix Escrevi meu destino Com sangue nos olhos Em cada milímetro dessa caverna Nem início nem fim A linha que existe Entre o bem e o mal, eu vi Segui no que creio Sem pistas, fugi de ceitas Receitas, tô cheio Verdade é ponto de vista Não é ponto final Ganhei e perdi com os meus Falei com Deus, sem terço Paguei o preço e tchau Histórias que não tão nos livros Morremos pela busca E só por ela continuaremos vivos