Momentos de tristeza foi o único presente que te soube dar Agora que foste embora, pergunto-me Onde deves estar e com quem? Um dia sem quando Vou poder estar ao teu lado Vou poder me arrepender Esvaziar pensamentos Mostrar-te que nunca fui um santo Mas sujeitar-me a magoar-te Foi o meu maior fracasso na vida Vi-te andar em caminhos melancólicos Com o coração nas mãos Lágrimas Lágrimas fumando a tua própria vida Neste momento, onde deves estar? Sei que te deixei abraçar a solidão Acariciar lamentações Como dói Como dói pensar em ti e não te ver! Sinto o gemer nos dedos ao escrever Escrever sorrisos que de ti encrespei Encrespei-os do teu doce coração Eu quis apenas ser eu sem ti Agora que já não te tenho Procuro-te Procuro-te nos confins das palavras Nos becos de cada verso Até nas avenidas de cada estrofe, procuro-te! Nas costas carrego um quimbanda Que recusa-me a tua cara Na mente um pesadelo obriga-me a escavar As feridas enterradas nas tuas lágrimas Agora fumo as minhas próprias palavras E vejo-me a estuprar-te os sentimentos Por isso, procuro-te no meu verso estranho Para voltarmos a ser nós Mas, onde deves estar?! Diz-me assim que eu voltar a sonhar