Quanto mais puder me ver Em cada palavra escondida Em cada despedida Onde anda você Que bate em minha porta e treme, E quando o corpo geme Quem será você? Que em noites de jejum Se espreme, se encolhe, me encosta. Me da Liberdade de ser outra vez Aquela parte então perdida Que o dia do dia dos dias levou, Perdeu se nessa correria da vida, da vida... Venho atrás de ti dizer Que a tua poesia ferve E o meu corpo entende Que é o amanhecer Minha lágrima hoje já não chora E a mente não demora a te reconhecer E as noites de jejum Se estendem, se empossam e passam Me dão Liberdade de ser outra vez Aquela poeta e bandida Que as noites chovidas consigo levou, Perdeu se nessa correria da vida, da vida... Me dão Liberdade de ser outra vez Aquela parte então perdida Que o dia do dia dos dias levou, Perdeu se nessa correria da vida, da vida... Me achou.