A negritude hoje canta feliz Nosso quilombo do futuro é raiz E quem dúvida só posso dizer Vai no Bixiga pra ver Vai no Bixiga pra ver Ouço clamores do ventre da Terra Ressoam tambores à minha chegada Sou eu o griot afronauta Olorum me deu permissão Pra voltar a terra e ajudar os meus irmãos Colorir a vida, despertar a primavera Quando o sol luzir terá findada a missão A luz de Iorokô faz sucumbir as trevas! Pele preta, negra mãe África Negra mãe da pela preta vem desacorrentar Resgata a memória que vem de Aruanda Reluz do orum a paz de oxalá O sol santificado amadurece Santa mãe a minha prece Fiz do solo meu altar A luta de Mandela, a nova aurora Que o brilho de Palmares, possa enfim nos libertar Vem... Abrir as asas conhecer um mundo novo Contar a história com as cores do meu povo Para que o negro possa então se orgulhar (pra sempre ser Vai Vai) Vem, chegou a hora de voar pra imensidão Nossa mensagem vai tocar seu coração Vai Vai é raça É samba pé no chão