Vocês se lembram Daquele crioulo calado Barbado roto alquebrado O nome dele é Zé Ficou naquela de horror Por conta de uma cabrocha Que conheceu lá no Rocha E atendia por Leonor Com ela foi viver Lê em Mangueira Em um barraco novinho Que ele comprou E por ela Abandonou a gafieira Onde toda sexta-feira Era o rei, era doutor É, pois é, Mas o tempo foi passando É, pois é, A saudade do samba apertando É, pois é, Até onde pode resistiu Mas logo de terno alinhado De cabelo bem escovado Lá pro samba ele partiu Moral da história Ninguém pode com a força do bamba Nem reza ou grana Nem cabrocha que não for do samba Pra viver com o Zé Tem que na roda sambar Pois não há amor mais forte Prá malandro levantar.