Cá entre nós A vida simples no morro é demais de se viver Mesmo eu, um dito cujo qualquer Muito considerado Bom sujeito no jeito de ser Com sorriso pra dar e vender Vem pra cá pra ver Nosso povo é o contrário Do que fala a televisão Gente simples, de bom coração Eu sou um simples mortal Pagador de boleto Bato ponto de segunda a sexta Tento a sorte em jogo de azar Mas não deixo faltar o amor O arroz, o feijão, o sorriso e um beijo nas crianças Levo paz pra dentro do lar Mas não deixo faltar, com certeza O que preciso for Um carinho, uma flor E o chamego na preta De noite a brisa do mar De dia um beijo do Sol E espera de um bom carnaval Pra enfeitar toda dor E longe daqui não me vejo Desejo permanecer Toda vida onde a vida me criou