Eles vendem ilusões no meio da rua Olho em volta, e todos parecem fartos Acordamos, e o sonho sempre continua Medo de que o futuro seja feito de cacos O e-mail chegou até você em segundos Ele dizia que você está atrasado E que os minutos vão passar surdos Rápidos como foguetes lá no alto Queremos liberdade, dignidade, e respeito Mas parece que ninguém pode nos oferecer Todos sabem o que tem que ser feito Mas estão parados sem nada fazer Minha guitarra envelheceu, estou sem você O que adianta fazer uma poesia Se quase ninguém consegue me entender Eu sei, ainda vai chegar o dia A lua então se esconde no céu As estrelas debaixo do lençol branco E eu estou perdido entre esse papel Escrevendo uma canção e sendo franco A ambulância passa apitando no trânsito Tem alguém que está em perigo Ontem cruzamos o Oceano Atlântico Sem sair do lugar meu amigo O amor foi ensinado, mas nunca aprendido Não me lembro nem quem eu sou Olho para o tempo, e o vejo perdido Eu nunca soube falar sobre uma flor E ela está em frente da janela Seus olhos parecem refletir o luar Ninguém pode saber, que luz é aquela São os versos, que nunca pude a entregar A fome ainda atinge a população E eu não sei o que faremos amanhã Cada passo em um novo chão Me mostra, eu não faço parte do clã Atravesso a rua, esconderam a verdade A opressão invisivel nos sufoca Eu sou um poeta em busca da liberdade Voando nos céus, mergulhando como foca Meu violão é tudo que eu quero ter Olho para os céus, e vejo algo errado Eu nunca pude te ter mas pude prever Qual foi o nosso longo passado O tempo parece passar sem perceber Ele passa como folhas voando Tudo bem, eu também gosto de você Eu sempre estive sem nenhum canto Eu aprendi como se diz adeus E sempre foi muito dificil dizer Todos padres e pastores são ateus E eu sei, sempre pude responder