Na lábia da fala de quem se cala Cabritado da pele áspera da agonia Nos poros é pó, visto de uma longura só Atravessado na coluna um nó O sumo do dia da noite que vem E o céu é vapor, fervura e testa franzida Alimentando outra vez o que me faz viver Atrás da colheita vivida de sobra Pupila tremendo Com os olhos cortados é fato Mas vendo e sentindo outras formas Outras se abrem por dentro Moldado ao castigo do Sol Ao castigo do Sol mudado Moldado ao castigo do Sol Seu ouro de tolo babaca e sofrido Eu só uma mente pedindo e explodindo Eu só uma mente pedindo e explodindo