Dalva de Oliveira

A Cristal

Dalva de Oliveira


Tenho o coração feito em pedaços
Trago esfarrapada a alma inteira
Noites e mais noites de cansaço
Minha vida, em sombras, prisioneira
Quantos, quantos anos são passados
Meus cabelos brancos, fim da vida
Louco, quase louco derrotado
No crepúsculo apagado
Lembrando a juventude

Mais frágil que o cristal
Foi o amor, nosso amor
Cristal, teu coração, teu olhar, teu calor
Carinhos juvenis, juramentos febris
Trocamos, docemente em teu portão
Mais tarde compreendi
Que alguém bem junto a ti
Manchava a minha ausência

Jamais eu voltarei, nunca mais, sabes bem
Talvez te esperarei, junto a Deus, mais além

Tenho o coração feito em pedaços
Trago esfarrapada a alma inteira
Noites e mais noites de cansaço
Minha vida, em sombras, prisioneira
Quantos, quantos anos são passados
Meus cabelos brancos, fim da vida
Louco, quase louco derrotado
No crepúsculo, apagado
Lembrando a juventude

Mais frágil que o cristal
Foi o amor, nosso amor
Cristal, teu coração, teu olhar, teu calor
Carinhos juvenis, juramentos febris
Trocamos, docemente, em teu portão
Mais tarde compreendi
Que alguém bem junto a ti
Manchava a minha ausência

Jamais eu voltarei, nunca mais, sabes bem
Talvez te esperarei, junto a Deus, mais além