Na Fazenda Palanquinho, na casa da Laranjeira Tem um pedaço de campo do Seu Valdemar Silveira Lá, mora um capataz que gosta da brincadeira Ele peala e derruba na porteira da mangueira Ele veio da Mulada para cuidar da fazenda Campeiro bem preparado, não há o que não entenda Tira o leite para o queijo para aumentar sua renda Laça vaca com reata, se arrebenta, ele emenda Ele tem dois animal' para dar suas volteadas Uma mula marchadeira, uma égua Baia Encerada Leva ele para o pife, só volta de madrugada Montado na égua Baia, da vida, não quer mais nada Pro capataz Sidulino, uma rodada de pife era o que ele mais gostava ao final de semana Sua mulher é decidida, sem hora, muito disposta De manhã, levanta cedo e grita pra vaca: -Encosta! Tira o leite pro café, é o que a gurizada gosta Quando chama o Sidulino, sempre fica sem resposta Eles têm uma lavoura, por sinal, um lavourão Plantando nela, dá planta, mas ele não planta, não Enxada não é com ele, só lida c'o as criação' Quer fazer colheita grande sem nunca plantar um grão É, Tio Sidulino é um homem do arreio, compadre O capataz Sidulino, companheiro de confiança Parceiro pra beber trago e gosta de uma festança É pena que foi se embora, mudou-se pra outra estância Do capataz Sidulino só sobrou sua lembrança