Bem depois do horizonte Se a terra do nunca é longe Deixa o que pra lá da vida Um baque seco uma ferida Um tempo inteiro fora de medida Toda criação contida Corre num horizonte só Sombras sorriem para o Sol Pra admirar também Deixe o que pra lá do agora Um começo ir embora Tudo ocorrerá lá fora Toda vida em uma hora E a cidade, pode ser assim cruel Perde a cor vai desbotar Meu senhor um louco sociopata Pronde for A dor irá Tiro que sobrou pela culatra E a cidade pode ser assim cruel Vem de lá Veja só De um rasgo na alma Jorrava passado Mais um corpo abandonado Eu já deixei tanto tempo passar E decantar o sofrimento No canto do meu sofrimento E decantar o sofrimento No canto do meu sofrimento E decantar o sofrimento Do escárnio Ah eu já deixei tanto tempo passar E decantar o sofrimento do escárnio Debaixo do meu coração Que late Esquenta o sangue em contra-mão Já crucifiquei meus pensamentos banais Rasguei a carne em mil reais E jamais Correndo o risco de endoidar Bem depois do horizonte Se a terra do nunca é longe Pronde eu me esqueci por onde Vou andar