O cigarro aceso, sentado na calçada Os olhos observam a fumaça liberada Segura uma garrafa, já metade terminada Ninguém parece ouvir sua história embriagada Enquanto desce escadas, luz neon exagerada Ninguém quase repara em suas unhas descascadas E assim se observa a figura central De rosto iluminado e feição imoral Vagando por ai, procurando o que fazer Tentando esquecer o tempo da semana inteira Persona ensaiada, procurando entreter A mim e a si mesmo, a abordagem é certeira You have no choice Those are the downtown boys É no inferno escuro que a vida se ilumina Quem passa a noite em claro, não passa em branco o dia Bebendo um gole doce só para me entorpecer Cansado, endividado, quase consigo esquecer O cigarro aceso de brasa alaranjada Meus olhos observam as garrafas na calçada Ninguém parece ouvir minha vivência incomodada Passa despercebido em suas roupas amassadas Se sabendo o caminho mesmo assim anda perdido Chora escondido, o notívago assumido Não quero que descubram minha lucidez desajustada A sua aprovação não interfere minha estrada Sempre por ai, querendo um rolê A voz se cala só enquanto desce o destilado Contando os centavos para fazer valer Não ouse falar por quem resiste desse lado I have no choice I’m a dowtown boy É na boate escura que a vida é colorida Quem passa a noite em claro, não passa em branco o dia Bebendo um gole doce só para me entorpecer Cansado, endividado, quase consigo esquecer