Eu decide escrever tudo que sinto Tudo aquilo que penso Tudo aquilo que falo Mas vezes há que nem sei o que sinto Não sei nem o que penso Nem sei nem o que falo Como é possível não saber o que sinto? Não saber o que penso? Nem saber o que falo? Esse fenómeno é estranho demais Mas é pura verdade o meu controle se vai Esse fenómeno é estranho demais Mas é pura verdade o meu controle se vai E assim eu vivo sem saber o que sinto Sem saber o que penso Sem saber o que falo E sendo assim lá o tempo se vai E fico nesse escuro Sem saber quem eu sou Viver assim é bastante difícil De facto é complicado já me sinto aflito Quero saltar desse corpo e voar Pra longe no espaço achar o meu lugar Quero saltar desse corpo e voar Pra longe no espaço achar o meu lugar Não há ajudas não há quem me compreenda não há quem me aprove Só há quem me repreenda Não há quem diz que eu faça Algo correto mas há quem vem de lá Pra me chamar insurreto Eu já cansei não posso mais com esta vida Andei de lá pra cá não encontrei a saída Quem vai me dar aquilo que eu preciso? Com essa agonia juro que já não vivo Quem vai me dar aquilo que eu preciso? Com essa agonia juro que já não vivo Quem vai me dar aquilo que eu preciso? Com essa agonia juro que já não vivo Quem vai me dar aquilo que eu preciso? Com essa agonia juro que já não vivo