Curimba

Muleque da Quebra

Curimba


Eu sou moleque da quebra, nasci pronto pra guerra.

Desde cedo eu aprendi que
O amor não é dado de graça,
Desce que nem cachaça,
Amortece depois te esquece.

Quando eu cheguei nesse mundo,
Tinha um tamanho absurdo,
Mal cabia na palma da mão do subúrbio.
E pra arrebatar o vazio,
Minha mãe me jogou no rio.
Me perco na sombra de um dia apagado, sozinho.

Moleque da quebra,
Se acerta não erra,
Se erra não serve
E se não serve já era!