Eu procurei paz em qualquer lugar Abri as cortinas da alma Pra deixar a luz entrar Mas ela não entrou, era uma parede sólida Encontrei teu porto, tentei aportar Mas barco sem rumo Nunca tem onde chegar O meu até furou, meus braços cansaram de remar Eu sempre amei de um jeito torto Com versos que se negam a rimar O meu cupido é preguiçoso Me acerta e sempre para pra descansar O vazio da minha alma Não é abrigo pra ninguém Mas como poderia ser? Tô procurando abrigo de mim mesmo Tô procurando me perder Minha falsa calma Não te enganou, eu sei Não há nada a fazer Entorta essas linhas retas Que me prendem a quem eu nunca quis ser Eu sempre amei de um jeito torto Com versos que se negam a rimar O meu cupido é preguiçoso Me acerta e sempre para pra descansar