Quando, seu moço, nasceu meu rebento Não era o momento dele rebentar Já foi nascendo com cara de fome E eu não tinha nem nome pra lhe dar Como fui levando não se lhe explicar Fui assim levando, ele a me levar E na sua meninice, ele um dia me disse Que chegava lá Olha aí, olha aí, olha aí Aí o m Eu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri E ele chega Chega suado e veloz do batente Trás sempre um presente pra me encabular Tanta corrente de ouro seu moço Que haja pescoço pra enfiar Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro Chave e caderneta, terço em patuá Um lenço e uma penca de documentos Pra finalmente eu me identificar Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é meu guri E ele chega Chega no morro com carregamento Pulseiras, cimento, relógio, pneu, gravador Rezo até ele chegar, Cá no alto essa onda de assaltos Tá um horror Eu consolo ele, ele me consola Boto ele no colo pra ele ninar De repente acordo olho pro lado E o danado já foi trabalhar Olha aí, olha aí, aí o meu guri Olha aí, é o meu guri E ele chega Chega estampado, mancha de retrato Com vendas nos olhos, legenda e as iniciais Eu não entendo essa gente seu moço Fazendo alvoroço demais O guri no mato Acho que tá rindo Acho que tá lindo de papo pro ar Desde o começo não disse seu moço Ele disse que chegava lá Olha aí, olha aí, aí o meu guri Olha aí, é o meu guri Olha aí, olha aí, aí o meu guri Olha aí, é o meu guri