Quem diz não ter saudade de tudo o que perdeu Ou não fala verdade, ou fala e não viveu Às vezes, por orgulho, também fingi esquecer Que o fado é um mergulho pra dentro do meu ser Mas quando a voz se agarra ao saudoso lamento Das cordas da guitarra, já nada é fingimento Então o meu futuro dá as mãos ao passado Trazendo o que procuro e tudo o mais é fado O resto é o caminho que os meus pés vão pisando Hei-de ir devagarinho, hei-de ir mas não sei quando Então a tua vida vem deitar-se a meu lado E eu peço-lhe guarida, pois tudo o mais é fado