Palavras que disseste e já não dizes Palavras como um Sol que me queimava Olhar louco de um vento que soprava Em olhos que eram meus e mais felizes Palavras que dizias sem sentido Sem as quereres, só porque eram elas Que traziam a calma das estrelas Á noite que assomava ao meu ouvido Palavras que disseste e que diziam Segredos que eram lentas madrugadas Promessas imperfeitas, murmuradas Enquanto os nossos beijam permitiam Palavras que não dizes, nem são tuas Que morreram, que em ti já não existem Que são minhas, só minhas, pois persistem Na memória que arrasto pelas ruas