Poeiras de crepúsculos cinzentos Lindas rendas velhinhas em pedaços Prendem-se aos meus cabelos, aos meus braços Como brancos fantasmas sonolentos Monstros soturnos deslizando lentos Devagarinho, em misteriosos passos Prende-se a luz em lânguidos cansaços Ergue-se a minha cruz dos desalentos Poeiras de crespúsculos tristonhos Lembram-me o fumo leve dos meus sonhos A névoa das saudades que deixaste Hora em que o teu olhar me deslumbrou Hora em que a tua boca me beijou Hora em que em fumo e névoa te tornaste