Quando o mundo veio à tona Brotou império pampeano Já trazendo soberano No trono de um flete baio Carregando desfraldada Uma bandeira prateada No mastro do papagaio Por destino esse monarca Já nasceu enforquilhado Seguindo o rastro do gado Mato adentro e cerro abaixo Domo sol, vento e garoa Mas sempre teve a coroa Sinchada no barbicacho Só o garrão do continente Resiste a qualquer tirão Cada homem a cavalo De quatro esteios no chão Pois um índio de a cavalo Tá enraizado no chão (2x) Depois de riscar divisas A casco e ponta de lança Deixou plantada essa herança No lombo das sesmarias Pois um gaúcho montado Vai palanquear nosso estado Pela extensão dos seus dias Por isso quando Setembro Trás fletes pras avenidas Das páginas esquecidas Renasce a lida campeira É o Rio Grande que se entona Nessa estampa que emociona Tendo a espora por bandeira Só o garrão do continente Resiste a qualquer tirão Cada homem a cavalo De quatro esteios no chão Pois um índio de a cavalo Tá enraizado no chão (3x)