Vêm da garganta do tempo esses versos que relato Quebrando cola de vacae tirando zebú do mato Guardo algumas lembranças dos amores que extraviei E as rédeas, feitas de crinas da potrada que domei. Ah, meu Rio Grande guapo Daqueles tempos antigos Quando te canto, parece Que minh'alma nasceu contigo... Trago timbrado na voz, o berro grosso de um touro E o grito do tropeiro na hora braba do estouro Tenho veludo nos dedos pra acariciar a guitarra E a perícia campesina de quem castra e assinala. Ah, meu Rio Grande guapo Daqueles tempos antigos Quando te canto, parece Que minh'alma nasceu contigo...