Na boca fechada Discursa o Mosquito Na barca furada O mar surge aflito Quem se mete, não fala Quem só fala, se engana Se faz de bacana E chafurda na lama Que meu peito tão fraco Já me engole na cama Já me enche o saco Na cara lavada pela língua do grito Nem sempre o feio Me parece tão bonito Na barriga da miséria Nasce o olho da rua A faca que corta nua e crua Que o meu peito Já não arde em chama Se nada mais me inflama Quem não me conhece Que não me compre Não come o que oferece Não se corrompe.