Não sou mais home que os outro Mas não há mais home que eu Basta olhá pra minha cintura E pra aba do meu chapéu! Esta cherenga de prata Só carrego pra dá sorte, Em comércio de carreira Às vez me apartô da morte. A garrucha de dois cano, De espoleta renovada, É apenas o conjunto Da minha faca prateada. E os três palmo de folha Da minha adaga chimarrona São só pra fazê bichinho Quando batem na carona. O mango soiteira chata Que uso ao cabo da faca É conselheiro de maula E d'algum potro que se empaca. Meu laço trança de oito Que adereça os paisandú Até botei o apelido De mangueira de zebu. Me protege um aba 15 Que anda sempre bem tapeado. Meu pingo é um gateado ruano Que tomei dum delegado. Meu banho à moda gaúcha Eu tomo de madrugada, Antes de cair na sanga Me rebolqueio na geada. Desde gurizito novo Nas garra sou debochado, Antes da muda de dente Eu já surrava aporreado. Mês passado, nas carpeta, Me bateram oito macho, Cuidei pra dá só de prancha Pra não dexá guri guaxo. E aquelas china faceira Que me lançaram olhar Só acharam curto o meu pala Quando foram se tapar. Esses dia, nas vacina, Me fizeram forcejá, Largaram um touro brasino Pra eu solito apertá. O porteiro se atrapaia E junto vêm um vermeio. Eu tive que agarrá os dois Pra mode não fazê feio.