Esse mundo é uma loucura É um corre-corre sem ter parada Quem tem cem quer cento e vinte Quem tem um boi quer uma boiada Quem novecentos quilos Corre à procura da tonelada O rico que tem sobrando Puxa o tapete vai derrubando O pobrezinho que não tem nada Na maratona da vida Nem sempre ganha quem corre mais Não tem juiz na largada O pobre sempre sai mais de trás As regras não são cumpridas E os direitos não são iguais Cada um vai como pode Quem vai a pé é quem mais explode Nem sempre alcança seus ideais Você que aqui na Terra Chegou na frente e ganhou troféu Muitas vezes injustamente Pôs o inocente no lugar de réu Quero ver aquele dia Quando a trombeta tocar no céu Vai bater o desespero E nesse momento do seu dinheiro Não vai valer mais do que papel O corre-corre da vida O destino traz muitas surpresas Tem pobre que morre rico E rico que morre em grande pobreza Só o Pai lá nas alturas Vê o futuro com mais clareza Um dia tudo se encerra Seremos a refeição da terra E ninguém é prato ou sobremesa