A luz das sombras, escuridão bem clara Os pés descalços, calçados sobre o solo Penso no opaco, aparece um brilho Tudo é normal, se vejo o esquisito Se tem beleza, demonstra a feiúra A violência é parte da loucura Distante venho, sugado pelo vento No tempo paro, andando no milênio O diferente, se esconde no igual Fingindo sempre ser o mais normal Sem preconceito vejo colorido No branco e preto a raça do amigo Estou embaixo, olhando aqui do alto Ganhar sem ver, olhando te perder Choro um sorriso, o calmo do perigo Gritar sem som, herói é um bandido O cego enxerga a fala do ouvido Tudo é igual na antítese zunido Abelha anda, o peixe também voa Na tua areia, eu corro a canoa Minha ferida, é muito minha amiga Sem elogio, que tem me corrompido Você não pensa, nem entende para crer Concorda e pronto, é fácil te deter Se paro andando, eu corro caminhando Acordo e vejo os olhos cochilando Nasci morrendo, estou contrariando Contradizendo, o silêncio está cantando!