É o sétimo templário, um rei, um frade e um mago A morte vem de ciranda, velho, mulher e criança De uma sala secreta um olho que sangra a lança Um presidente que diz plau depois pergunta Isso é matança? E a cada banho de sangue Um banho de desesperança E a cada bala vendida Um corpo que vai pra lama Mata a minha sede Refresca minha lembrança Um presidente que diz plau depois pergunta Isso é matança? Patrimônio do Brasil é o futuro da criança Nossa maior riqueza é o sorriso da criança Slogan do governo é: Vou cuidar dessa criança (mas se ver a pele preta, vai matar essa criança) Milícia é milícia, bacana é bacana O Estado é só uma criança sentada chupando manga O que tem nesse galpão das cópias de Dolce & Gabanna? É pasta base pra carai, dois tiozin louco de cana Gestado por ordem de lago Otelo sofreu vingança Quando o racismo vira voto, a morte dropa na infância A inveja é uma adaga de sal na esperança Essa é a marcha dos desesperados na rua da ignorância Quando o aço beija o peito vem me salvar Hermione Morrer só se for de amor na voz de Alcione Do que se alimenta de medo ferramenta que nos consome É que os moleque tão de quebrada virado louco de fome Ativista tá na mira, o povo já tá faz tempo Paradoxo do deslocamento em trânsito carrega o vento Desafio pra física quântica Aonde nasce o remorso? Se eu sou o sal, eu sou a marcha Eu sou a lágrima, eu sou o ódio No eBay da Amazônia maceta jogar não pode Lacinho de presente rumo a América do Norte Assassinato em série, cês votaram na morte Não existe amanhã se a Amazônia morre A última voz indígena Assassinada de forma esdrúxula Na velocidade que o verso caminha Enfrentamento de forma rústica Atento a história escrita pois todo verso me fere No dope yes click loló de quinze que vira febre Pois depressão é melodia inquilina morta de fome Que se alimenta da minha alma, só o palco me leva aonde Eu possa respirar apenas por mais um dia De solidão aqui jaz Kleber, na depressão Criolo caminha