O indiazinha cruel, ingrata Logo depois que tua carta li Caí de cama muito doente Eu não sei como eu não morri As minhas lágrimas enxuguei Naquele lenço de inhandutí Que juntamente com teu retrato De tuas mãos eu recebi O que tu muito me fizeste Eu nunca mereci Sozinho no meu velho rancho Só Deus quem sabe o quanto eu sofri Na viola de xibula Eu nunca mais mexi Está num canto abandonada No meu ranchinho de acuri No meu ranchinho tão solitário Eu passo noites pensando em ti E lamentando profundamente Aquele dia que a conheci E quando a tarde é muito calma A solidão reina por aqui E entristece mais minha alma Ouvindo o canto da juriti Foi tu que me beijaste O índia guarani Nas águas do rio Paraguai Uma chalana eu construí Fiz tudo pra esquecer-te Mas eu não consegui Tenha piedade, volte de novo Porque não posso viver sem ti