Pelo fato de ser leigos, não notamos também Dependentes de algo, que não nos faz bem La boétie, já explicou que do burguês somos reféns E nos mantemos conformados, pois achamos que faz bem Ligamos pra polícia, quando tememos alguém Mas quando o mal for eles, ligaremos pra quem? Fazemos mil perguntas cujas respostas não tem Seguimos estereótipos implantados por alguém A egolatria nos consome, sempre alimenta o ego Somos narcisistas em um espelho, só que cegos Dependentes de drogas que nos traz o perigo Alcoolismo, nicotina e os antidepressivos Sofremos mais que o jackass e no fim achamos graça Bebemos pra comemorar ou pra esquecer tanta desgraça? Entramos em academias para ter o corpo perfeito Implantaram em sua mente, que ser gordo é um defeito Buscamos informação, mas sempre vem do lado errado Quem muito nos informa, nos quer ver burro, cuidado! Compartilhamos o ódio e esquecemos do amor Na escola de sentimentos, a raiva já graduou Dependentes de coisas, que dependem de nós! Rezamos tanto por paz, mas no fim somos algoz Esperando o bem, gritando numa só voz! I need only peace, mas a guerra vive em nós! A canção mais tocada é a marcha fúnebre, chopin Presos a má relação, por medo da solidão Descobrimos nossa morte como madame curie Sabemos que é o dinheiro, mas não tem como mais fugir Reféns da internet, piratas de rede wi-fi A era da informação nos afastou demais Questione a si mesmo, quanto tempo cê consegue? Ficar sem Facebook, WhatsApp, Snapchat? Meu povo que sente fome, mas também sente o fomo Atentos aos status da blogueira desse ano Sem ver o tempo passar e a indução as suas compras O salário como uma cela e a gente preso em contas Abraçamos a lógica do consumo desenfreado Com a ideia de ostentação, meu mano está trancado Na era da informação, se pá ser leigo é ter sorte No dia sete de setembro, optamos pela morte Dependentes de coisas, que dependem de nós! Rezamos tanto por paz, mas no fim somos algoz Esperando o bem, gritando numa só voz! I need only peace, mas a guerra vive em nós! E a espiritualidade que era esperança Virou religião e veio junto uma cobrança Era leve e flutuava, parecia gás hélio Tá mais pesado que a cruz e o medo do inferno Trabalhamos de bombeiro. Nero assina nosso cheque Deve ser assim que a indústria enxerga o rap Queria viver da música, como bar vive de cerveja Que não depender de um senador que fez carreiras Aplaudimos o estado quando ele faz o mínimo Trampamos todo dia para lhes pagar o máximo Compara o que cê trampa, com o tanto que cê ganha Depois cê faz o mesmo com o salário de um deputado