Criant

Hipocampo

Criant


Eu não caibo aqui, eu não caibo mais em mim
Não caibo, enfim, não caibo no universo
Eu só caibo nos meus versos

Busque inspiração, enquanto a vida passa
E conhecimento, ao passo que o globo gira
Procure seu nirvana, enquanto a terra acaba
Encontre a si mesmo, ouvindo as minhas rimas

Faça disso um mantra, porque a vida curta
Ou então esqueça, apenas a vida curta
Lembre seu tamanho e o quanto cê é grande
Lembre do universo e que somos pequenos

Não aponte as estrelas, que o dedo cai
Não seja só estrela, senão os amigos vai
Olhe ao seu redor e veja quanta gente
Quem foi pra outro plano respira dentro da gente

A vida é um detalhe, e também é tão frágil
O universo é um moinho, de planeta alinhado
A pele é uma rou depa velha que se desgasta
Também é a mochila que leva o que guarda a alma

Converse com si mesmo, quando se sentir só
Lembre a si mesmo, que viemos do pó
Faça um pedido a estrela cadente
E corra como forrest pra ganhar seu presente

Somos os macacos, enviados ao espaço
Viemos ao mundo, sem saber o que faremos
A terra é tão hostil com seus proletariados
Viramos pasta nuclear, por isso resistiremos

Cada ser humano aqui cabe num verso
Olhe mais pra si e aproveite a vista
Olhei pra minha mãe, vi o maior universo
E quem discordar disso é terraplanista
Paz!