Sou do país aonde mais se mata no planeta, é o que eu penso quando eu pego pra escrever umas letra Sou pela causa do excluído e da mãe que berra Foda é saber que morre mais aqui que em zona de guerra Chumbo encrava na carne, respinga na mãe que chora arrependeu tarde demais, não da pra voltar agora A carne sem faculdade torna perito em balística, sonha ser jogador no fim vira estatística Irrelevante pra alguns, pra nós virou rotina ver chacina coagular sangue pelas esquinas É uma mente pela paz contra uma pa insana, faz descobrir que a humanidade já não é mais humana Multiplica o homicídio, vários descarregam os pente pior que nos fim das conta é a gente matando a gente Quem tá no poder? Cê insulta sem nem saber que a atendente insultada é mais pobre que você Me armei de ideias pelas quais é o orgulho da minha velha lutando em prol de ideais que deu voz à plateia Vencer sem sangue do inimigo, exemplo pra favela. Vivenciar o Malcolm X com rifle na janela Sereno é o cheiro de morte, minha mente entra em conflito vendo os colega de infância protagonizar homicídio Perco o ar fazendo RAP, não perco a noção, fazer o sim acontecer quando dos outros é só “não” “Que tal olhar para dentro de si mesmo?! É aí que começa a revolução. A rapaziada que fala muito em revolução... apresentam um monte comportamento convencional: são conflituosos; são insultuosos; são vaidosos; são soberbos. Acham que tem a verdade, parecem religião. E não olham para dentro si mesmo, não tem humildade. Não se põe a serviço da comunidade...” Somos a pixação de paz no seu prédio mais alto, pra evitar que um de nós é o que grite assalto Faz eu compor nas madrugada o que tenho vivido Interrompem meus pensamentos os barulhos de estampido Seus banhos de caneca, á noite com água gelada é o combustível pra você chegar ao fim de estrada Leve o retrovisor, mesmo que ande a pé e dá valor onde passou independente aonde tiver Porque eu sei que nossa lâmpada nunca saiu gênio quem esfregou foi as mães e os pano sujo os prêmio Representando uma pa de gente que sofre infelizmente, faço do RAP bala, pra alojar na sua mente Atitude é a virtude dos heróis da favela que viu o esgoto encher, ir água até na canela Estamos sem freio sinal amarelo desde antes, que o RAP ecoe em atitudes não só em alto falante ”Eu acho que a gente tem que liderar a si mesmo e desperta liderança em cada individuo do planeta Porque aonde ninguém obedece não há que consiga mandar. E a gente obedece demais nessa vida Irmão, você não vê como o medo é plantado? nos estamos em uma sociedade de medo... A gente tem medo de descer na vida, tem medo de ser despedido, tem medo de ser assaltado, tem medo de andar nas favelas” Nem toda sujeira do humano vai sair no banho, porque buscamos solução e os problemas é os ganhos Como é que eu vou ostentar se os meus ainda são mortos e na ilha das flores valem menos que os porcos? Entende a causa truta? Por isso que faço RAP, pro diploma ser a chave e não as Intratec Eu dou valor à água porque vivo pelo deserto e descobri que uísque aqui jamais vai ser progresso Deserto é feito pra passar e não fazer moradia, se tu lutas, tu conquistas, e vai chegar esse dia A vida é foda, mano! Eu canto RAP até rouco porque os cavalos de Tróia da quebrada não vêm oco Fascina pelo brilho onde caro o crime cobra e pelo ronco de um motor vários moleque roda Oportunista, sofrimento, vários traiçoeiros.. Dá casa a porco se quem necessita dela é chiequeiro “Tem quem tem prazer ver rastejar o semelhante pela maldade, foda é ver pobre se humilhar pela necessidade. É meu povo jhow, que pega busão lotado pra trampar e aguentar merda de boy folgado; É meu povo jhow, que sente aroma de esgoto e ganha pouco limpando a privado dos outros Onde opressor faz seu trono defendo cada oprimido. De baixo da asa ninguém voa, mas fica protegido. Sei os motivos que leva o ser humano pro pecado, ver o filho namorar a prateleira dentro do mercado, e a condição diz não pra não faltar o aluguel, faz a criança pedir paz na carta pro papai noel