Cria da quebra 2014 Agradecendo ao antigo rap nacional! Quando ninguém me olhava, o rap já tava lá A quebrada ia criando, e o rap já tava lá Cicatrizes aumentando, o rap tava lá Pra me provar que se eu caísse ele ia me levantar Me deu voz mais do que isso, me deu liberdade Eu me sentia seguro, não era no centro da cidade Andei em beco estreito e ponte de madeira Eu vi moleque trocando as glock, pelas brincadeira Me deu luz na madrugada, na rua fria Mata fechada da minha vida, e o rap abriu a trilha E eu trilhei, de uma forma que orgulhou meus pais Mudei de roupa de cabelo, jamais de ideais Valeu rap nacional por me resgatar Canto com a voz mas com a alma que eu queria cantar Os arrepio do meu braço cantando essa letra Prova que escolhi certo, quando escolhi a caneta A escolha foi foda no ombro tinha um anjo e um capeta Um carrega caderno o outro uma escopeta Escolhi o Faber Castell, decidi pelo coração Respirei e transformei todo o ódio em inspiração Cortou os meus espinhos, lembrei das cicatrizes Deu ideais aos quais não vou esquecer as raízes Já sofri criança, aprendi cedo a ser homem Alimentado de rima de rap jamais passei fome Rap Nacional na minha vida até o fim O que fizer para você não é 1% do que fez por mim Aquela rima que eu ouvi correndo atrás de pipa Moleque, o rap, salvou minha vida O que decide o destino no rap na minha vida É o coração, e eu vou rimar até a última batida E se tiver que rolar sangue que se foda Eu vou cantar rap até minha última gota O que decide o destino no rap na minha vida É o coração, e eu vou rimar até a última batida E se tiver que rolar sangue que se foda Eu vou cantar rap até minha última gota To dischavando ideia, olhando os furo na meia O coração pulsando, rap correndo na veia Fresco por sentimento mais verdadeiro E mostrar o dedo do meio quando aparecer o dinheiro Porque a vida me ensinou de certa forma Que grana fascina, mas não se venda é a norma De quem nasceu usando desde criança Uniforme de quebrada, de quem honra, sem herança Aprendi na época do Dragon Ball Que queimado da quebrada, só se for de sol Aprendi que respeito aqui é pra quem tem Que respeito todo mundo, mas nunca temi ninguém Corro certo pelo certo sempre será assim Minha cara de mau não diz 1% de mim Sonho presente que o mundo refletiu na minha face É muito veneno, pra quem tem tão pouca idade Já preocupei melhorar com qualidade Mas sempre é difícil, acordo cedo e já tá tarde Ia ser louco meu som bem produzido Equipamento estralando, pra deixar de ser fodido Paro e penso, e penso alto sem maldade Equipamento não é nada se a rima não traz verdade Deitado ouvindo rap me ponho de pé Calejado e acordado por ele mais do que café Abri o olho e percebi que enxergar não é vê E abri o olho me livrou de abrir cabeça com pt Os urubu rodeia em meio lixo e rato Esgoto à céu aberto, e ossada no mato Calibra minha mente para não partir pro outro lado Independente do motivo se partir vou tá errado Com ódio no coração vendo o sorriso da rica Mas perto do céu que eu vou chegar vai ser com um pipa Oooououoh Rap Você livrou a minha vida, me guiou, me deu chão Oooououoh Rap Livrou a arma da minha mão, que ia antecipa o meu fim Não vim cobrar ninguém, nem tenho esse direito Mas como filho do rap, meu pai exige respeito