Morte! É sobre o estar defunto que lhes revelarei aqui É a morte que nos importa agora Como se lhe restasse a vida se lhe suprimissem a morte Como se a mudança não carregasse em si a morte Como se o universo conhecesse um estado que não a morte Como se o perfeito não fosse o completo dissolver em morte Porque vives? Você alma de escorpião imundo? Volta-te seu ferrão sobre si, quando rodeado pelo fogo Morte! É sobre o estar defunto que lhes revelarei aqui É a morte que nos importa agora Como se a existência não fosse o constante morrer Como se com a morte não reconhecêssemos que o nada é a perfeição Como se a colheita da morte não fosse o ressurgir de novos corpos Como se restasse a vida se lhe suprimissem a morte Mas porque vives? Você alma de escorpião imundo? Volta-te seu ferrão sobre si, quando rodeado pelo fogo Putrefato corpo que transito sobre este ambiente Porque cada passo é um beijo da morte Putrefato corpo e putrefação da alma Porque permanecer é um tormento eterno Putrefação do que vive Este é o reino da morte, este é o mundo da morte Putrefação das coisas eternas Porque a eternidade é o contínuo permanecer da morte Anuncio em coro de meu divino clamor tudo aquilo que nos revela a morte A morte redime o universo do cintilar das estrelas como se o estado das trevas fosse a perfeição estrelar O prosseguir é a eterna marcha fúnebre ante o corpo do universo Ceifando na colheita do mundo com a morte Entrone-se morte, com a foice e o negro, colha os corpos dos homens Entrone-se morte, degole o vivo, enobreça os galhos da existência Entrone-se morte, os auspícios de seu poder é a morada do forte Entrone-se morte, eis o teu jardim, encurte o pelejar vão