Hoje amanheci lembrando Da mulher que eu mais queria Em versos vou contando O que ela me fazia Não escrevo por saudade É apenas por lembrança Da sua perversidade Nos meus sonhos de criança Ela foi a criatura Que depressa me esqueceu Causadora da tortura Que minha alma padeceu Por capricho recusava Tudo que eu lhe oferecia E a todos conversava Que de mim nada queria Quando eu a procurava Quase sempre se escondia De amor eu lhe falava Ela nada respondia Eu confesso que sofri Seu amor imprevisível Mas com isso eu aprendi Não querer o impossível Até hoje eu não entendo Por que assim ela fazia E também não compreendo Por que tanto eu lhe queria Mas na vida tudo passa E este amor também passou Já não resta nem fumaça Do fogo que me queimou