Creone e Barrerito

Alma Vencida

Creone e Barrerito


Já tive na vida a doce ternura
De uma criatura que muito me quis
O tempo passava, eu não compreendia
Que ela podia fazer-me feliz

Fui sempre um escravo da minha incerteza
E ela cansou-se de tanto esperar
Me disse chorando, adeus meu benzinho
Em outros caminhos eu vou caminhar

Agora minha alma vencida revela
Comigo e com ela eu fui desleal
Embora sentindo um amor imenso
Amar em silêncio foi meu grande mal

Pensei que teria com facilidade
A felicidade que eu sempre quis
Mas não disse o que precisava dizer
E o que devia fazer eu não fiz

Enquanto os amigos perguntam por ela
Onde está morando e o que está fazendo
Sorrindo respondo que nos separamos
E nunca confesso que estou sofrendo

Só peço a Deus que ela tenha encontrado
Um amor igual ao amor que eu lhe dei
E que ela nunca carregue nos ombros
O peso da mágoa que eu carreguei