Máscaras só caem Pra quem não bota a cara Quantos defecam pela boca Em suas falas Se acha que é o cara Não é porra nenhuma Nesse mar de ignorância Que o teu barco afunda Eu surfo na ondas sonoras Afogo o seu hype Suas mentiras encobertas Na voz com auto tune Sou contra filhos da puta Do evil empire A revolta que vem dos becos Com cheiro do chorume O rap é matéria prima Arte suprema Que quebra as algemas Impostas pelo sistema O rap é a filosofia Que dá sentido a minha vida Há mais de 24 anos 24 horas por dias Sou das antigas Com mais de 100 faixas cuspidas Se não gostou Te mando um foda-se na rima Falador tem pra caralho Por metro quadrado Nessa cena sulista Que ainda nem gatinha Se acha que é o cara Não é porra nenhuma Pois são atitudes Que definem sua postura Se acha que é o cara Não é porra nenhuma Quem senta o dedo Também deita na sepultura Dias difíceis Geração kit Todos querem um lugar no feat Querem outfit Vivendo na miséria Qual o motivo do brinde Morra engasgado Com seu próprio drink Utópico rapstar Sem poesia e ritmo Diz que é do gueto Mas é playboy enrustido Com roupas de marca E mesmo assim não tem estilo Nunca segurou uma arma Ainda acha que é bandido Se não tem o que falar Então fecha a matraca Pra não ser silenciado Por uma metraca Rimas afiadas Cortam a carne igual navalha Rasgando fantasias Junto com todas as farsas Do underground o blecaute Pane generalizada Com danos permanentes Afetam a massa cefálica Do porto nada alegre Da cohab cavalhada Na câmara de gás Botando o sul no mapa Se acha que é o cara Não é porra nenhuma Pois são atitudes Que definem sua postura Se acha que é o cara Não é porra nenhuma Quem senta o dedo Também deita na sepultura