Futuro em sua frente passou despercebido Pois o presente era incapaz de perceber Já tentara existir, mas desconhecia sua sombra Muito menos observava seus rastros Dor e sofrimento, vergonha de sua vida Sua alma apodrecida desocultada ao cair Gritava de dor, gritava de agonia Não havia razões, vida desperdiçada Dos seus inimigos, grunhidos felizes Suas lágrimas não mais cairão Dor castiga a mente presa ao corpo Nada é capaz a não ser sofrer As pessoas que o rodearam o fatiaram As almas que o cercaram o enlouqueceram Berros não serão ouvidos Sua morte será esquecida Só resta desprezo e sofrimento Os gritos ninguém ouvirá E sua carne estará no banquete Com sangue enchendo as taças Vida comum, preocupação com dinheiro Descobriu que vivera em mentiras Dias não passavam mais Aproximação da temida morte A falsidade envenenara seus dias Decepções disfarçadas Menos tempo tinha pra pensar Percebia a escuridão da vida morta Só resta desprezo e sofrimento Os gritos ninguém ouvirá Sua vida medíocre chegou ao fim Sozinho para morrer