Acordei suando frio Depois de uma hibernação Vi homens de branco e sangue Ouvi meu coração. Quem eu era, não sabia Pensava e queria amar Mas, sem saber ainda, Sua mão me ensinava a andar, a andar, Sua mão me ensinava. E como ficou veloz O tempo que era lento. Depois vieram pelos, Limites e mutações Dono de um mundo inteiro Das pipas e balões. Eu era o que queria E só me faltava ter Mas, sem saber ainda, Sua mão me ensinava a escrever, a escrever. Sua mão me ensinava. E como ficou veloz O tempo que era lento. Agora eu tenho um nome O verbo e um violão Em meio paraíso Garimpo meu quinhão. Agradeço aos ouvidos Daqueles que podem ver E aqueles dias frios Sua mão vinha aquecer, aquecer, aquecer, Sua mão vinha aquecer. E como ficou veloz O tempo que era lento. Amanhã não sei se importa É tudo interrogação Não sei onde termina A peregrinação. Sou velho viajante Semente da mente sã Espero a mão que um dia Me replantará no chão. E como ficou veloz O tempo que era lento