Despenca como a chuva Sou amigo gástrico, cético, ridículo e amargo Sabe, aquilo já foi um mundo habitado Tínhamos folhas verdes degustáveis Água fresca, sombra e a guerra.. Porque somos humanos E isso é real Como as cidades, as ruinas A redundância em sermos, ele e ela Ex-escravizados do mundo das idéias Do ciume alheio Da vontade de sermos subversivos... Hoje entendo o pedaço de culpa morta Entendo nossa ociosidade Você é hoje cheia de almas em cores Eu não sou nada amanhã do que se esperava... Mesmo assim nunca fomos do mundo Somos humanos e achamos com vigor Já deixamos de ser o que somos Ser é relativo e completo demais pra mim Mas continuo sendo isto E por ser assim imperfeito Não tenho certeza de nada Errado de nascença, perturbado e neurótico É tudo natural Como as cidades, lembra? Sou concreto Maciço Gelado Medonho Essa presença incomoda e conforta...