No crepúsculo dos meus dissabores Vou vivendo na imensidão Sou o maior seresteiro da Lua Em altas horas vago pelas ruas Meu grande amigo é meu violão Na calada da noite eu sinto O meu grito é um eco no além Ando à procura de um certo abrigo Tem que ser Tem que ser nos braços de alguém Mas neste mundo tudo tem retorno Quem faz o mal ou mesmo o bem Nesta cela em que estou condenado Sofrimento igual meu não tem Esta amargura que estou passando Meu coração foi absolvido E no vazio que sente a minha alma Hoje tem alguém que me acalma E grita em voz alta que é feliz comigo Na calada da noite agora O meu grito não é agonia Se eu choro meu pranto é sorriso Mas se eu grito Mas se eu grito é somente alegria